Presente de Natal
Mais um final de ano...
Parece que final de ano é época de trocar de bike… sempre!
E como todo final de ano eu tenho recebido alguns e-mails, telefonemas, sinais de fumaça, etc.. de amigos perguntando sobre bike – os caras ainda acham que eu entendo alguma coisa disso J
Então vou tentar colocar aqui um breve resumo de tudo que eu mais tenho respondido ultimamente. E já partindo com meu novo princípio para 2011 – Responder aquilo que me foi perguntado, não o que querem ouvir – Já me desculpo de ante mão, e justifico que são impressões e experiências minhas, e que estão longe de serem certas, erradas ou tanto faz… Além do mais, sempre que eu falo sobre o assunto coloco em linha com as minhas necessidades como atleta, e não como aficcionado por bikes!
As SuperBikes
Bom, este final de ano eu tive a oportunidade de ver todos os lançamentos (exceto pela nova Felt DA que parece que ainda é “vaporware”). Estive em NY na R&A Cycle e aquilo deve ser uma mini versão da inter bike. Em novembro, os caras já tinham tudo. Todos os super quadros, rodas, pedivelas, etc..
O que eu achei? Exceto a nova Trek (essa não tinha na R&A mas já vi algumas rodando por aí) as outras “superbikes” não servem pra mim, e acho que também não servem pra 99% dos ciclistas – Quem assistiu ao Tour de France esse ano deve se lembrar de ver parte dos ciclistas de ponta (inclusive os principais protagonistas da volta) se baterem com suas bikes de CRI.
Ficou claro pra mim que os projetistas das principais marcas se esforçaram ao máximo pra fazer a bike mais aerodinâmica possível no tunel de vento, mas se esqueceram do componente mais importante – o ciclista!
O Conceito de Ergonomia tem sido abolido cada vez mais, e agora não é a bike que se ajusta ao atleta, mas sim o contrário. Bom, eu podia falar que isso serve pra 40km se você não tiver que corer depois, mas pelo Tour ficou claro que nem pra isso serve mais.
As opções de ajuste são tão minimas que eu nem sei se a partir da próxima leva elas vem com opção de regulagem de altura de selim… Tem bike que não te dá nem mais a opção de usar o pedivela que melhor convém…
A Trek Speed Concept parece que foi a única realmente desenvolvida pensando no atleta (e no TRIATLETA). Tem seus contras, mas num mundo perto do perfeito serve a uma grande gama de atletas.
Lógico que alguns atletas de ponta se beneficiariam de tais quadros, mas na minha opinião isso somente vai acontecer depois de investir num bom bike fit e num bom par de rodas (que alias é o que promete fazer a diferença pra próxima temporada), essas são ferramentas que vão melhorar muito sua aerodinâmica e te dar aquela “free speed” que os quadros novos tanto prometem, mas em sua maioria não vão cumprir!
O Dia a Dia
Fit e ajustes à parte, pra mim o que ainda pega bastante é a “treinabilidade” com essas bikes. Não importa o quanto “ultima geração” seja o quadro - encostado na parede todos são igualmente lentos!
E algumas dessas bicicletas realmente só iam funcionar pra minha realidade de treinos se eu tivesse um carro de apoio atrás, em alguns casos com um mecânico e em outros com um segurança armado!
Portanto, isso ia me fazer ser mais seletivo nos treinos, treinando menos e consequentemente piorando minha perforance!
Investimento que não se perde.
Depois disso, o investimento em treinamento, e aqui entra um medidor de potência juntamente com conhecimento do assunto, coisa que o Max está oferecendo através de um training camp com Hunter Allen (o pai do treimento com power meter) - veja aqui.
Voltando a normalidade, Se você já possui uma bike da geração antiga (P2, P3, Plasma, Felt DA, e por aí vai…) Dificilmente você vai perceber diferença de performance. O fator “novidade” pode dar um gás a mais por um tempo, mas se o fit for o mesmo eu duvido que a diferença seja mensurável.
Lógico, eu para 2011 vou arrumar um quadro novo (Não, não é nenhuma das novas “super”) apostando mais em uma melhora de posicionamento do que num rendimento do quadro propriamente dito. E, como aconteceu no começo desse ano com a Willier Cento Crono, pode ser que minha boa e velha Kuota Kalibur (é… aquela mesma que ainda tem o pedal mais rápido da história no Hawaii J) prove mais uma vez, ainda ser melhor!
LODD