Efeito Passione?


Tinha tudo para ser mais um dia normal de treinos...

Acordei cedo. Tomei meu café da manhã. Me enchi de roupa (porque aqui na região ta fazendo um baita frio), e saí de casa em direção ao meu treino de subida favorito.

No caminho encontrei com minha parceira de programas de índio e partimos para mais uma sessão de pedal nas subidaiadas da região, até que psssss – pneu furado.

Até aí, nada de mais. Quantos ciclistas e triatletas não devem ter passado por esse mesmo roteiro na manhã dessa quinta-feira?

O inusitado começou a partir daí. Assim que furou o pneu, parou um carro da guarda municipal com uma senhorita muito educada e prestativa na direção:

- Tudo bem com você? Perguntou ela

- Tudo - respondi – foi só um pneu furado!

- Precisa de alguma coisa?

Putz... se eu não tivesse vestido que nem um palhaço eu já ia achar que a guardinha tava me cantando...

- Não... é rapidinho pra trocar – respondi

- Sua amiga está subindo aí – disse mais uma vez a prestativa guarda.

- Eu sei, a gente ta treinando junto. Obrigado.

Não demorou muito e chegou a Tá Saab, dizendo que a guarda tinha falado pra ela que eu estava parado logo a frente com problemas no pneu.

Na hora eu até parei de encher o pneu, dei uma chacoalhada na cabeça pra ver se eu realmente estava acordado... Estava me sentindo num outro país e não no bom e velho Brasil, onde um ciclista parado na estrada não passa de um “problema para o tráfego”.

A Tá continuou o treino enquanto eu finalizava a troca. Nesse meio tempo apareceu o Dani Chapô e parou pra ajudar e em menos de um minuto um carro da concessionária da estrada...

- Tudo bem?

- Tudo... foi só um pneu furado!

- Precisa de alguma coisa? Ferramenta?

- Se o senhor tivesse uma bomba de pé eu agradeceria (risos)

O cara não entendeu a brincadeira e ficou lá até eu garantir que estava tudo bem. Só faltou a hora que eu subi na bicicleta ele sair empurrando como assistência numa prova de ciclismo (na Europa).

Depois, conversando com a Tá sobre o episódio eu cheguei a conclusão que isso já é um reflexo positivo da novela das 8.

Independente dos absurdos da trama e até mesmo do galã ser um dopado, trapaceiro e sem vergonha, o ciclismo finalmente virou esporte no Brasil. E nada como um Cauã Raymond, namorado da Grazzi para fazer o pais do futebol começar a enxergar outras modalidades esportivas.

Só espero que o mal caráter latente no personagem, aliado à falta de escrúpulos não jogue isso por terra para que na próxima vez que meu pneu fure na estrada, a guardinha não passe gritando “bem feito seu drogado, sem vergonha”!

Por enquanto... obrigado Cauã. E muito obrigado também à gentil GM de Louveira e ao prestativo funcionário da Rota das Bandeiras.

Vamos aproveitar a maré boa pra treinarmos com segurança!

LODD

6 comentários:

ciro violin disse...

Que legal que aí esta assim!!!!
Infelizmente para estes lados aqui..."as gentilezas" dos motoristas continuam as mesmas:
Passando por cima.
Ontem (quarta) um amigo foi atropelado enquanto pedalava. Mas só arranhões, tá td bem.

Bel disse...

Ah... gostei. Seria tão bom que ficasse assim, mesmo depois, com o fim da novela.

E gostei também de você fazer logo o registro do fato. Bjs

Fernando disse...

Muito oportuno seu post, espero que isso seja uma tendência e que se espalhe.
O engraçado é me lembro de um tempo não tão longe assim, onde um destes funcionários da concessionária, no caso a AutoBan, me deu uma baita bronca por que eu estava trocando um pneu, disse que era pra eu fazer isso num posto, que era pra ir rodando até lá, obvio que tivemos uma pequena divergência rsrsrs.
Abraço.

Max disse...

Lodd,

esqueçe a novela e mudanças de hábito. Você foi cantado duas vezes e nem percebeu.

ab.

Max

Pablo Bravo disse...

Acho que é tipo de fatos que acontecem 1 em 100...mas, quem sabe um dia as coisa não mudam.

Abraço

Luiz Eng disse...

Aê Cauã !!! Destruindo coraçoes !!!