“Nós somos o que repetidamente fazemos. Excelência então não é um ato, mas um hábito” – Standing Start.
Desejo à todos um excelente ano novo e que 2010 venha cheio de conquistas e aprendizados!
LODD
“Nós somos o que repetidamente fazemos. Excelência então não é um ato, mas um hábito” – Standing Start.
Desejo à todos um excelente ano novo e que 2010 venha cheio de conquistas e aprendizados!
LODD
"Practice does not make perfect. Only perfect practice makes perfect." - Vince Lombardi
* P.S.: E como num post escrito a 4 mãos, publicado quase que simultâneamente este escrito pelo Max da Kona Bikes agrega outros pensamentos - clique aqui
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No começo do ano tive a oportunidade de ter contato com os quadros SUPLICY, através do Juraci. Durante o Internacional de Santos conheci o Cauê, um triatleta brasileiro que mora nos EUA e resolveu montar uma empresa de bikes. Em princípio achei que como muitos ele tinha ido a China e comprado um projeto já pronto, pintado com o seu nome e colcado a venda. Engano meu, já em fevereiro ele me disse que investia nos projetos próprios… Parece realmente que ele andou trabalhando MUITO. As bikes que eu ja vi aqui no Brasil com o Jura são de excelente qualidade, e esse novo modelo, o QUANTUM já chegou mostrando todas as credenciais.
Obrigado a todos pelos muitos comentários, e-mails e trocas de idéia. Volto depois do brasileiro de pista (se a CBC permitir) e Pirassununga.
Abs,
2. Chris Lieto (USA)
Bike: Trek Speed Concept
Aerobar: Bontrager
Grupo: SRAM Red
Rodas: Bontrager Aeolus
Selim: Fizik Arione
Power meter: PowerTap
Tempo: 4:25:10 * melhor tempo 2009
3. Andreas Raelert (GER)
Bike: Blue Triad SL
Aerobar: Aerus TTB Carbon
Grupo: SRAM Red
Rodas: Zipp 808 / 1080
Selim: Fizik Arione
Power meter: nenhum
Tempo: 4:38:00
4. Chris McCormack (AUS)
Bike: Specialized Shiv
Aerobar: Specialized integrated
Grupo: SRAM Red
Rodas: Zipp 808 / 1080
Selim: Specialized Toupe
Power meter: nenhum (Treina com SRM)
Tempo: 4:32:44
5. Rasmus Henning (DEN)
Bike: Boardman TT Air
Aerobar: Zipp Vuka
Grupo: SRAM Red
Rodas: Zipp 404 / 1080
Selim: Fizik Arione Tri
Power meter: SRM
Tempo: 4:37:07
6. Timo Bracht (GER)
Bike: Giant Trinity Advanced SL
Aerobar: Giant integrado
Grupo: Shimano Dura-Ace
Ruodas: Xentis Squad 5.7 / Mark 1 TT
Selim: Velo Timo Bracht
Power meter: SRM
Tempo: 4:33:49
7. Dirk Bockel (LUX)
Bike: Max Lelli Liger
Aerobar: Hed
Grupo: Shimano Dura-Ace
Rodas: Hed Jet 60 / 90
Selim: Selle Italia SLR T1
Power meter: SRM
Tempo: 4:37:28
8. Pete Jacobs (AUS)
Bike: Azzurri Chrono Pro
Aerobar: Hed
Grupo: Shimano Dura-Ace
Rodas: Hed Stinger
Selim: n/a
power meter: n/a
Tempo: 4:38:41
9. Andy Potts (USA)
Bike: Kuota Kueen K
Aerobar: Shimano Pro Missile
Grupo: Shimano Di2
Rodas: Zipp 404 / 808
Selim: ISM Adamo (road)
Power meter: nenhum
Tempo: 4:46:06
10. Faris Al-Sultan (GER)
Bike: Storck Aero 2
Aerobar: Storck
Grupo: Shimano Di 2
Rodas: Xentis Mark1 TT
Selim: Fizik Arione Tri
Power meter: SRM
Tempo: 4:33:40
Embora o titulo seja o mesmo do livro, nada a ver com Lance Armstrong.
Este ano que passou, na minha opinião foi o ano de maior evolução tecnológica das bikes de triatlo / CR, após um período de estagnação e até mesmo um certo grau de regressão em algumas marcas específicas. Assistimos um “boom” de designs e projetos perfeitos na construção de quadros.
A Specialized lançou o que hoje é considerada a bike mais rápida do mundo (lógico que qualquer quadro colocado entre as pernas no Cancellara será um potencial candidato a este titulo J); a Trek com a Speed Concept, bike que somente Lance Armstrong, Alberto Contador e Chris Lieto tiveram acesso; As indecentes Plasma 3 da Scott (que ainda não vieram e nem devem vir tão cedo para o publico triatleta); As cervélos P4 (blah) dentre outras, utilizam o que há de melhor, mais moderno e mais caro em construção de quadros. Investimentos que passam das centenas de milhões de dólares em tecnologia!
E o que isso refletiu no campeonato mundial semana retrasada em Kona em termos de performance? Nada... zero... nenhum recorde batido!
Os anos de 2005 com o recorde estabelecido pelo Tobjörn Sindbale, que foi arrebentado em 2006 pelo her Staddler (4h18min) prometiam um efeito dominó nos tempos de pedal em Kona, o que ficou longe da verdade. Andei pesquisando, e depois que o Normann destruiu a concorrência em 2006 nada ficou abaixo da casa das 4h24min – lógico, isso é assustadoramente rápido para um percurso daqueles, mas onde foram parar os milhões de dólares investidos em tecnologia?
Será a Kuota Kalibur uma bike imbatível em termos de tempo em Kona? Embora eu tenha uma e goste muito da performance, DÚVIDO que esta seja a verdade!
E olha que não estou levando em consideração o salto tecnológico de rodas, aerobars, capacetes, sapatilhas, pedivelas e outras coisas.
Na minha cabeça, o que fica é a seguinte idéia – independente da bike que você use, o aumento do desgaste para se chegar perto desses tempos é absurdo, e como o pedal é apenas uma fração do dia, não vale a pena arriscar!
Outra contradição em Kona são as Cervélos P3... Quase todo mundo tem uma, e a bike não consegue um campeonato mundial, um recorde de pedal! e aquela que é a bike mais vitoriosa do mundo em provas de Ironman continua a ver navios no Hawaii. Fico imaginando o que aconteceria com essas (que já são as bikes mais vendidas para o triatlo), se ela tivesse um campeonato mundial?!?!?
E embora a maior parcela de investimento no nosso esporte venha para o ciclismo, não têm sido ele que tem decidido os campeões mundiais L
O ano de 2002 provavelmente marcou a interseção de duas grandes paixões, eu me dividia igualmente (70% para cada) entre o mergulho e o triatlon, foi o ano de expedição para Bonito com uma bike agregada a quase meia tonelada de equipamento de mergulho e de viagens à Noronha para cursos onde os dias começavam antes da 5 da manhã para dar tempo de treinar antes de carregar o barco e sair pro mar...
Foi neste ano que o Mr. Recorde da Hora Chris Boardman por muita sorte entrou para o mundo subaquático através da certificadora que a gente representava aqui no Brasil. Não precisa dizer que os fóruns de discussão da GUE (Global Underwater Explorer) pararam de falar sobre tabelas de descompressão, misturas gasosas, mergulhos profundo para falar sobre CICLISMO, e eu como um recém apaixonado aproveitava para sugar cada pedacinho de informação que podia deste herói que para mim era até então um ilustre desconhecido.
Uma troca de e-mail com companheiros de equipe...
Na minha opinião não tem tempo mais bem gasto em cima da bike do que corrigir a técnica de pedalada, é o ponto mais fácil de dissipar energia. Toda a potência produzida pelas coxas e panturrilhas pode virar poeira se o ciclo da pedalada for ruim, se a sapatilha for ruim, se o taquinho estiver mal posicionado, etc.. Existem 3 tipos de exercícios que eu gosto e costumo fazer pra trabalhar técnica de pedal, se você procurar existem bem mais, mas na minha opinião esses 3, se bem feitos cobrem 99% dos nossos problemas.
Antes de tudo, leve em consideração que a gente nunca vai passar o tempo que um ciclista passa em cima da bike, por isso, sempre que estiver focando em educativos e corretivos procure estar num local onde você concentre 100% no que vc está fazendo (rolo é o ideal) e só nisso, portanto não tente ganhar condicionamento num treino de educativo. Você pode sim, como eu faço, colocar os educativos antes de algum treino ou no final dele, como parte do aquecimento ou da soltura.
1º - O bom e velho “pedal com um pé só” ou OLD (one leg drill) – no rolo, ou numa rua plana e sem movimento (e sem vento contra também) pedale por intervalos alternados de 30-60seg com cada perna, dando um break a cada 2-3 repetições. Por exemplo: aquece uns 10min e faz 2x 30seg pedalando com cada perna, depois gira uns 60-120 segundos e repete. Quanto fazer? Honestamente, o quanto o cérebro agüentar, eu já fiz 1hora de treino assim direto, mas não recomendo tudo isso pra ninguém, principalmente pra amigo. Um bom treino seria umas 10 repetições da série, o que daria um total de 10min pedalando com cada perna.
Agora o importante: No começo você vai sentir que é fácil, mas não é. O fato de estar pedalando com uma perna só evita o efeito de compensação que existe com as duas pernas, você vai sentir muito a fadiga principalmente na puxada da perna porque você não tem a outra pra ajudar, por isso, sempre em marcha leve e cadência confortável. No começo você vai sentir uns socos no pedal – isso é normal, você está ensinando tua musculatura pedalar redondo e não quadrado, por isso se começar a dar muito tranco na corrente (não se preocupe, vc vai sentir o que é isso que eu to falando) você pode diminuir um pouco a cadência ou parar e trocar de perna. Você vai sentir que quanto mais tarde no treino maior a tua tendência de dar esses “soquinhos” por isso eu ADORO fazer esse tipo de corretivo no velódromo depois de tiros fortes.
Imagine que estar pedalando pelos calcanhares, que o ponto de força vem do calcanhar. Isso vai fazer com que você evite “embicar” o pé.
Normalmente nesse tipo de corretivo você usa uma cadência bem menor que a que vc usa normalmente nos treinos ou provas, é normal... Nos intervalos (entre uma série e outra) ainda sem resistência, pedala normalmente como vc pedala na rua, só que não tira a técnica da cabeça. Continua imaginando o círculo e como ele parte do calcanhar.
Começa aos poucos e vai aumentando, nunca deixando a “perfeição” de lado. Se for na rua, procura um lugar bem calmo plano.
2º - Spin-ups – Esse é de doer, basicamente você vai ensinar padrão de giro sob um certo stress neuro muscular.
Aquece bem (esse precisa estar mais aquecido do que os outros), depois sem pensar em resistência, ou seja, uma carga bem leve, aumente tua cadência até você sentir a kicar em cima do banco, nesse ponto diminua um pouquinho e segure essa cadência por um minuto. Ex, se você começa a kicar com 130RPM, cai pra uns 120 e mantem por um minuto inteiro. A velocidade das contrações fazem com que você elimine os pontos mortos do ciclo de pedalada. Continua prestando atenção nos pés e no círculo, mas o mais importante aqui é “sentir” a kicada no selim, vai ver que com o passar do tempo você vai começar a kicar com maior cadência, e vai se sentir muito mais confortável em cadências mais altas. Quanto fazer? Eu não recomendo mais que 15 dessas num treino, a recuperação tem que ser o suficiente pra você fazer outro sem fadigar “neuromuscularmente” (se é que isso existe) – eu cosyumo girar leve pelo menos uns 3 minutos.
Como esse é um corretivo que precisa de pernas mais “frescas” eu gosto de fazer antes de treino de tiro, faço uns 5 desses. Ajuda a musculatura a soltar pra pancadaria. Você pode também casar ele com o de uma perna só e fazer uma sessão só de corretivos, tipo: aquece, faz uns 5-8 desses e depois umas 4 séries do O.L.D. e solta. Mas nunca case com o 3º!!!!
3º - Big Gear – OK, esquece que eu disse que nenhum deles dava ganho de condicionamento. Não fala nada pra ninguém, mas esse é o must, além de “ensinar” as contrações musculares corretas para CRI, ainda podem agregar o fator “força” na pedalada.
No Rolo, ou uma subida leve e longa: faça no máximo 30-40min de intervalos (preferencialmente 5-10min cada) em cadência pesada, o que é qq coisa em torno de 50-60RPM. No começo não pensa em fazer força, o importante é que você concentre no ciclo da pedalada. O fato de estar fazendo com cadência MUITO baixa dá tempo mais que suficiente pra você prestar atenção em todas as fases do ciclo do pedal, empurra / desce / puxa / sobe e isoladamente em cada perna. Essa é a hora de colocar em prática a pedalada “do calcanhar”, concentra a força das pernas pra todo o giro do pedal. Começa com intervalos de no máximo 5min, vai acostumando e vai aumentando. Depois de umas 3-4 semanas pode começar a fazer força... não liga, pois normalmente a FC não sobe nesse tipo de treino, mantém sempre um nível de espforço em que você ainda pode conversar (ok, pode bufar um pouco durante a comversa) mas diminui se você perceber que o padrão de pedalada ta se deteriorando.
Segundo o Chris Lieto, pedalar bem em Triathlon / CR é uma função de força e contrações musculares eficientes, ele mesmo (além de inúmeros outros grandes ciclistas) usa isso o ano todo, de acordo com a Triathlete Magazine ele faz essas séries com 45RPM de cadência e FC abaixo de 150bpm – o que pra ele deve gerar uma potência e uma velocidade absurda J
Sempre faça esse exercício na posição aero (clipada) pois ele ajuda a desenvolver força na posição que vc mais precisa dela e menos tem. Além de ajudar a fortalecer a musculatura estabilizadora de abdomem e lombar. E, se vc falar pra algém que eu disse isso eu nego, ajuda a aumentar a flexibilidade em cima da bike!
Cuidados com esse tipo de exercício: Joelho e lombar – qq dor mesmo que for de leve, pare, recupere e comece de novo com menos carga/intensidade, não apresse a adaptação ela pode ser rápida pra alguns e lenta para outros. No caso específico dos joelhos, se começar a doer na frente o banco pode estar baixo, se a dor for atrás, o banco pode estar alto. Pode ter alguma influencia em posicionamento de taquinho ou sapatilha, por isso qq problema procura o Rogerinho pra ajudar com melhoras no posicionamento.
Importante, tirando o 1º, os outros “podem” ser feitos em bike de spinning, mas eu parto do princípio que especificidade é TUDO nesses esporte, por isso SEMPRE dê preferência pra fazer na TUA bike na TUA posição com o TEU equipamento!!!
Que performances no 70.3 este último Sábado. Na Elite feminina, Vanessa Giannini, em mais um show consquistou o titúlo com uma corrida IMPRESSIONANTE e a Talita chegando em sexto lugar numa prova excelente somente seis dias após ter sido bronze no brasileiro de longa distancia em Vitória... Que Show... não cabe nesse blog a admiração que eu tenho por essas duas, nem o quanto representa poder treinar quase que diariamente com elas!
Meu “brother” Ferra, numa grande prova conquistou um 8o lugar naquela que foi uma das mais duras em termos competição em nossa categoria, conquistando a vaga para o mundial na Flórida, vaga esta que por motivo de força maior ele teve que deixar passar. Parabéns mais uma vez pela performance e ainda bem que ano que vem você muda de categoria J
Na volta ciclística do estado de São Paulo, meu grande amigo Adriano Martins foi um monstro. Numa prova de nível altíssimo trabalhou duro pra garantir uma das camisas para sua equipe, a camisa de Rei da Montanha ficou com a equipe da Real Padaria de Sorocaba.
O Treino...
Já que estava grande parte da família RM em Penha, arrumei mais duas “topeiras” (que “topam” qualquer coisa) e fomos fazer um senhor treino em Campos do Jordão, eu o Ale e a Jú.
Simples: 110km em 4h de pedal, com mais de trinta deles subindo. Saímos de Taubaté subimos a Campos, descemos para o Sul de Minas (pra quem conhece é a serra da copa VO2) e depois voltamos tudo de novo. Duas subidas de serra, uma de vinte e outra de treze kilômetros. Mais de 2500m de ganho de altitude. Temperaturas que variaram de 30oC no pé da serra aos 12oC no topo, picada de abelha na descida, sangue, suor e lágrimas...
Os benefícios de um treino desses são inúmeros: força, endurance, técnica... mas talvez o maior deles seja o benefício psicológico. Algo em torno de uma hora de esforço contínuo, sem folga... duas vezes????
Sem contar o visual...
As Coisas Importantes...
O final de semana foi produtivo mesmo, meu grande amigo, companheiro de aventuras subaquáticas, e “pai carioca” Marcus Werneck esteve aqui em Campinas para um curso de instrutores de resgate e primeiros socorros. Eu aproveitei pra matar a saudade da galera, lembrar de coisas boas quase esquecidas de um passado não tão distante.
Serviu também para ver que muito do que eu aprendi no meu curso de primeiros socorros também já não estão mais vivos na minha memória.
O pouco tempo que pude acompanhar das aulas não só serviram para me mostrar que eu preciso de uma reciclagem urgente, como mais importante, serviram para me mostrar que todos nós atletas precisamos de um curso desses. Acidentes acontecem em todo lugar, em nosso esporte com nossa exposição eles estão mais evidentes. E os fatos que sucedem imediatamente os acidentes são cruciais para a sorte do acidentado.
A conversa que me abriu os olhos foi bem simples:
- Luis, quando você mergulhava você não confiava no teu dupla (parceiro de mergulho) para te assistir em caso de acidente?
- Sim!
- E para isso você não mergulhava somente com aqueles que pudessem te socorrer caso algo desse errado? Com aqueles que você pudesse confiar literalmente “até debaixo dágua”?
- Sim
- Agora você está numa exposição de risco bem maior que quando mergulhava e não cuida mais desse tipo de segurança????
- ...
Para aqueles que se interessarem, em breve eles vão montar um curso de primeiros socorros dirigidos às nossas necessidades. Vai cobrir desde o mais simples, como lidar com arranhões e ossos quebrados até como socorrer vitimas de acidentes cardiovasculares.